O deputado federal Roberto Alves (PRB-SP), vice-presidente da Comissão do Esporte, usou a tribuna do plenário para refletir sobre o atual momento do País como sede dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e também para falar sobre o trabalho realizado pela comissão em prol do evento.
“Foi o primeiro passo no sentido de debater, fiscalizar e divulgar o andamento das principais questões relacionadas os Jogos Olímpicos e Paralímpicos desse ano, em especial esfera esportiva. Posso dizer com total seriedade e comprometimento que as visitas técnicas realizadas pelos membros da comissão foram de grande relevância”, relatou o parlamentar.
A equipe visitou todas as obras realizadas na Vila dos Atletas, no Parque Olímpico e no complexo Deodoro, sempre com a presença de engenheiros, especialistas, técnicos, do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e do presidente do Comitê Olímpico, Carlos Arthur Nuzman.
“Observou-se de perto toda a preparação para que o evento ocorresse com maestria. Os relatórios realizados pela comissão são completos, tamanho envolvimento dos parlamentares com a missão, e principalmente de todos os envolvidos no comitê em realizar um evento com dentro do padrão de qualidade olímpico”, destacou Alves.
Desde a primeira visita, os governantes alegaram a transformação urbana na cidade, a economia de recursos públicos e um legado sem “elefantes brancos”, ou seja, o empenho das autoridades cariocas em trazer utilidade pública para toda construção e investimento que foram feitos para as Olimpíadas. A Vila dos Atletas se tornará empreendimento imobiliário para venda social e todos os complexos esportivos para incentivo e inclusão do desporto e campeonatos.
“Inclusive, as acomodações da Vila dos Atletas geraram grande repercussão com a chegada dos competidores. Transtornos que parecem ter sido solucionados brevemente. Alguns reclamaram da falta de luxo ou infraestrutura, outros já alegaram completa efetividade. Pelos relatórios, observamos que os apartamentos cumpriam as regras olímpicas”, lembrou o deputado.
A Comissão do Esporte também realizou uma visita técnica nos eventos testes de canoagem e hóquei, que aqueceram o Rio 2016, e que tiveram pareceres favoráveis ao mérito de cidade sede. Além da principal visita guiada à Baía de Guanabara, onde observou-se o preparo para a despoluição de quase 80% do recôncavo.
Na ocasião, o diretor de comunicação do Comitê Rio 2016, Mário Andrade, esclareceu que as áreas de competição estarão em condições adequadas segundo padrão internacional para a realização dos jogos. Ele chegou a ressaltar a atuação negativa, do que chamou de “jornalismo fácil”, em referências às reportagens sensacionalistas baseadas em áreas da Baía que não sediarão as provas, mas que são um retrato do problema de saneamento básico na região. Destacou também que interessa às delegações internacionais desqualificar as condições da Baía da Guanabara para tentar deslocar os locais de prova para fora do local, onde a vantagem brasileira seria anulada.
“Segundo os organizadores, essa prática teria ocorrido em preparativos de edições passadas de Jogos Olímpicos, como no caso de Pequim, em 2008, onde as águas estavam repletas de algas, e de Sydney, em 2000, onde havia grandes chances de ataques de tubarões. Mário Andrade chegou a explicar que o Comitê tem adotado a estratégia de diálogo com jornalistas e também com atletas de forma a evitar denúncias e reportagens incompletas e precipitadas”, esclareceu Roberto Alves.
Os trabalhos da Comissão do Esporte para a Rio 2016 foram norteados pela Subcomissão criada especialmente para avaliar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, de onde surgiram uma série de demandas correspondidas por meio de audiências públicas, que aprofundaram as discussões sobre o legado das instalações esportivas permanentes, e informações do Tribunal de Contas da União (TCU) referentes os valores apresentados pelo prefeito Eduardo Paes nas suas exposições. Sendo todas as contas aprovadas pelo Tribunal, comprovado sua legalidade e veracidade.
Para finalizar, o republicano falou sobre a movimentação no Rio de Janeiro durante as Olimpíadas. “Imaginem receber quase 11 mil atletas de 206 países diferente, cada um com sua cultura singular; 45 mil voluntários, mais de 25 mil credenciados da imprensa, 6 mil e 700 integrantes de delegações e 3 mil e 200 árbitros e assistentes. Isso apenas nas Olimpíadas, fora toda a equipe preparada também para os jogos Paralímpicos. Sem contar a vinda de turistas. Estão sendo 42 campeonatos mundiais, realizados simultaneamente em 17 dias de competições. Haja estrutura! ”, disse.
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