A Frente Parlamentar Contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, presidida pelo deputado federal Roberto Alves (PRB-SP), completou dois anos de atividades, na última semana. Em discurso na tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (7), o republicano comemorou os avanços deste projeto.
Logo que foi instalada, a frente parlamentar promoveu um seminário nacional, onde foi discutida a violação dos direitos das crianças e adolescentes na internet, com a participação de especialistas na área de direito digital e autoridades em saúde pública e segurança.
O projeto evoluiu e com o apoio de parceiros, assumiu uma versão itinerante, percorrendo cidades do interior do estado de São Paulo, levando informação e orientação às famílias sobre o crime de abuso sexual infantil. Roberto Alves e sua equipe já percorreram os municípios de Jaú, Avaré, Barretos, Elias Fausto, Americana e Cosmópolis, realizando mais de 10 mil atendimentos.
O gibi ‘Robertinho e Sua Turma’, criado para ensinar as crianças a ficarem alertas contra o abuso sexual, tem sido um sucesso. Foram distribuídos mais de 20 mil exemplares e a segunda edição está em fase de criação.
Roberto Alves destacou que o trabalho desenvolvido pela frente parlamentar tem sido de grande relevância para a sociedade, tendo como missão orientar pais, mães, crianças e adolescentes sobre o crime de abuso sexual infanto-juvenil. Acima de tudo, destacou ele, encorajar as pessoas a denunciarem os crimes às autoridades.
“O nosso trabalho é fomentar o diálogo, não só entre pais e filhos, mas em toda a sociedade. O poder público, através das prefeituras, precisa debater o tema coma população. Precisamos jogar luz nesse tema, afinal, o silêncio é o maior desafio no combate ao abuso sexual infantil”, afirmou.
No ano passado, conforme dados do Governo Federal, o Disque 100 recebeu 15.708 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes. Deste total, 40% das vítimas eram crianças com idade entre 0 e 11 anos e 70% eram meninas. Além disso, 72% das denúncias tratavam de crimes de abuso sexual e 20% de exploração sexual infantil.
Comments